Greve da PM baiana:Reflexo de um estado a beira do caos
Aulas suspensas, ônibus recolhidos nas garagens, comércios saqueados,
bancos arrombados, carros roubados e claro ruas desertas. Parece cenário de
filme com temática apocalíptica, mas não, isso é simplesmente o cenário da metrópole
baiana, após a deflagração da greve da Policia Militar no Estado na noite da
ultima terça – feira (15).
A segurança pública na Bahia já passava por uma crise gigantes há
tempos, o estado figura em todas as listas que envolve altos índices de
criminalidade, como a de assaltos a bancos por exemplo, a onda de crimes que
avança no interior do estado é assustadora, em cidades pequenas as agencias
bancarias chegam a ficar 4 dias sem dinheiro nos caixas eletrônicos por medo de
assaltos violentos forçando o chamado efeito cascata, o trabalhador não pode
pagar suas dividas, pois não tem como sacar, o comerciante não vende pois o
dinheiro não gira na cidade e assim sucessivamente.
Além da PM, a Polícia Civil também decidiu fazer uma paralisação por 24
horas, nesta quarta – feira, mas prometeram que manterão 30% do efetivo
trabalhando, há rumores de uma possível paralisação das guardas municipais que
até o momento não confirmaram, porem também não desmentiram.
O efetivo Militar hoje gira em torno de 30 mil, sendo 1 PM para 475
habitantes, a falta de incentivos é enorme, recentemente houve uma denuncia por
parte da PM de Amaralina em Salvador que mostrava os coletes a prova de bala
com a validade vencida e segundo eles as autoridades superiores tinha plena
ciência da situação, além claro das viaturas sucateadas, baixos salários etc.
O Tribunal de Justiça da Bahia por sua vez declarou a greve ilegal e
exige a volta da categoria as atividades imediatamente.Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, o governo
da Bahia informou que a presidente Dilma
Rousseff assinou
o decreto autorizando a vinda das Forças Armadas na segurança pública do
estado.
O impasse continua e até o
momento o que se tem de concreto são os bandidos fazendo a festa em cidades
como Salvador, Feira de Santana e entre outras.
As negociações entre o Governo e a Polícia é intermediada pelo vereador de Salvador Marco Prisco
(PSDB), Prisco foi o líder da última greve da PM na
Bahia em 2012. O movimento durou 12 dias, na ocasião ocorreu uma onda de
assassinatos e arrastões nas maiores cidades do Estado e invasão da Assembleia
Legislativa por cerca de 3 mil integrantes da corporação.
Além da greve das policias, a greve
dos professores estaduais já está sendo dada como certa no estado, claro que o
governo Jaques Wagner por sua vez diz que tudo não passa de uma perseguição
politica para tentar derrubar seu governo e atrapalhar a eleição de seu
sucessor.
Vale lembrar que Salvador será uma das cidades a sediar a Copa do Mundo
de 2014
Por: Tatiana Bontay
Imagens: TV Bahia/Bocão News/Estadão