Governo vai ao STF para suspender pagamento de seguro a pescadores












A presidente Dilma Rousseff apresentou nesta quarta-feira (6) 
uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter 
suspenso por 120 dias o defeso, período em que pesca é proibida 
para preservar a reprodução dos peixes. Por consequência, 
o governo deixaria de pagar o seguro-defeso, benefício da Previdência 
concedido no período da proibição.
A ação visa derrubar um decreto legislativo aprovado em dezembro 
pelo Congresso que anulava os efeitos de uma portaria dos 
Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente que também suspendiam 
o defeso e o pagamento do seguro.
Conforme a ação, o pagamento do benefício traria um impacto de 
R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos, que seriam pagos a partir da 
próxima segunda-feira (11), além de outros R$ 3 milhões em custos 
operacionais.
Na ação, o governo alega "incerteza" em relação aos destinatários 
do benefício, alegando ser necessário realizar um recadastramento dos 
pescadores para evitar fraudes no recebimento. Além disso, 
argumentou ser preciso reavaliar o período para a preservação dos peixes.
"O período de recrutamento de uma determinada espécie pode mudar 
de um ano para o outro devido a alterações climáticas ou outras 
variações ambientais. Dessa forma, faz-se necessária uma revisão 
periódica de normas que instituíram períodos de defeso, para que estes 
não percam totalmente a sua finalidade", argumentou.
Segundo o Ministério da Agricultura, a liberação da pesca não causaria 
impacto no meio ambiente. Deputados contrários à portaria, porém, 
argumentaram que a liberação da pesca no período reprodutivo
poderia comprometer a produção pesqueira no futuro.
Na ação, o governo diz que o decreto do Congresso invadiu 
competência do Executivo e que, com a ação, não está afrontando um 
direito ao benefício dos pescadores, mas garantindo o livre 
exercício de sua atividade.
G1

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