“Era dono de 300 cabeças de gado, só me restaram 50”, diz morador das Comunidades Ribeirinhas


O senhor Gilson está entre os senhores de camiseta e camisa verde sumo.
 Em conversa com manifestantes das Comunidades Ribeirinhas que voltaram a interditar a BR – 407, na altura do Distrito de Pedras Altas, fomos informados de que a situação das famílias e criadores é a pior possível. Sobre a situação dos animais, o senhor Gilson, 54 anos, morador há de 30 anos na região, o mesmo relatou que era dono de 300 cabeças de gado, com a seca e a falta de água no Rio Itapicuru Mirim, morreram 250 cabeças. As que ficaram não sei mais o que fazer e disse mais: “Não tem água nem para tomar banho”. Conversamos também com o senhor Luis que trabalha em uma Fazenda como Vaqueiro, “Lá morreram 600 cabeças de gado. Era mais de 100 trabalhadores, hoje não tem mais praticamente ninguém”, disse o vaqueiro. Outro senhor que era dono de oito cabeças de gado, contou que perdeu tudo com a seca e a falta de água no Rio Itapicuru Mirim. Muitos outros relatos de homens e mulheres que acordam cedo enfrentam o sol, a poeira da estrada, a seca, a falta de água, enfrentam o governo que insiste em dizer que tecnicamente é inviável abrir as comportas da Barragem de Pedras Altas do Mirim. “Eu nunca vi um governo tão desumano como esse na minha vida. O que está sendo registrado em nossa região é da pessoa ter vergonha de ser cidadão”, desabafa o senhor Gilson, que não consegue entender o comportamento do governo diante de tão grande sofrimento do povo.

Texto e Foto: Arnaldo Silva. 

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