Violência contra mulher: No Brasil acontece 01 estupro a cada 10 minutos


*Por Sérgio Martins

A Lei que defende os direitos da mulher vítima de ameaça ou violência, intitulada ‘Maria da Penha’ completará em agosto 10 anos, de 2006 para cá houve consideráveis avanços na conscientização e popularização desta lei, entretanto os números de abusos, ameaças, violência moral, física ou psicossocial registrados em todo o país ainda é preocupante.

A coordenadoria especial dos Direitos da Mulher de Lagoa Grande – PE, se reuniu mais uma vez na na última terça-feira (12), com a rede de proteção à mulher que é composta por várias secretarias municipais, conselhos e entidades da sociedade civil organizada para elaboração das ações para 2016. Na pauta estão: Maior divulgação de campanhas e ações; Elaboração de minuta de reforma da lei de criação do conselho municipal dos Direitos da Mulher – CMDM e a sua incluindo a eleição de novos membros; Marcha “Basta de Violência contra as Mulheres” na semana do carnaval; Mapeamento de toda a rede assistencial etc.

Brasil: Violência contra a mulher em números

- Anualmente 527 mil tentativas ou casos de estupros são consumados no país, dos quais, apenas 10% são reportados à polícia. Uma em cada cinco mulheres no Brasil já foi espancada pelo marido, companheiro ou namorado. Mais 50.000 estupros são registrados no País a cada ano. Uma média de quase seis a cada hora, um a cada 10 minutos. 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal.

Segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil acumula mais de 90 mil mortes de mulheres vítimas de agressão nos últimos 30 anos. Atualmente, o Brasil aparece em 7º lugar no ranking dos países com mais mortes de mulheres vítimas de agressão.

Em Lagoa Grade - PE, com cerca de 25 mil habitantes, foram registrados no ano passado, 22 casos de violência envolvendo o sexo feminino. Um número que para Sirleide Duda é bastante alto “Acredita-se que este número seja bem maior. Pois muitas não denunciam por medo. A mulher vítima de violência precisa ter a coragem para denunciar o agressor ou caso ela se sinta fragilizada, o vizinho ou alguém próximo da família deve exercer este papel ligando para a polícia e os órgãos competentes para as devidas providências. Com isso, o sentimento de impunidade vai diminuir. Não podemos ficar inertes, assentados vendo as estatísticas aumentando e de braços cruzados. Todos precisam se envolver“, enfatiza a Coordenadora Municipal dos Direitos da Mulher.

Denúncias: Disk 180 ou para Ouvidoria Municipal 0800 081 90 66 Os dados estatísticos do 8º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Balanço dos atendimentos realizados em 2014 pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) confirmam este mal enraizado numa sociedade ainda machista.

A população de Lagoa Grande agora pode contar com uma importante ferramenta de apoio. Foi criada uma Central de Informações pela coordenadoria especial dos direitos da mulher para monitorar e acompanhar junto com a ‘Rede de Proteção’ todos os casos. Além do Disk 180 existe o telefone da Ouvidoria Municipal 0800 081 90 66 para queixas e denúncias. Não é necessário se identificar, os telefones não possuem identificador de chamadas e ninguém será chamado para depor ou servir como testemunha.

Fonte: Núcleo de Comunicações, Relações Institucionais e Ouvidoria da Prefeitura de Lagoa Grande / Pesquisa do DataSenado / Ipea, março/2015. Foto: Sérgio Martins/Portal de Jaguarari
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