Greve dos bancários fecha mais de 10,5 mil agências
Os bancários fecharam 10.586 agências e centros
administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito
Federal nesta quinta-feira (26), segundo balanço divulgado pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Com uma semana de paralisação, a greve, que começou na última quinta-feira (19),
atinge 49,2% das agências, considerando 21.500 agências no país.
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), se
reuniu em São Paulo, e reafirmou a disposição em negociar "quando
apresentaram apenas a reposição da inflação e ignoraram todas as outras
reivindicações econômicas e sociais", segundo nota divulgada após o
encontro.
Procurada pelo G1, a Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) não se pronunciou até a última atualização desta
reportagem.
Greve
Os bancários aprovaram a paralisação por tempo indeterminado em assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, diz a Contraf.
Os bancários aprovaram a paralisação por tempo indeterminado em assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, diz a Contraf.
A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de
aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de
três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda,
O que os bancos oferecem
De acordo com a Contraf, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
De acordo com a Contraf, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
A Febraban diz
que será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos
valores fixos e de tetos em 6,1%. Com isso, o piso salarial para bancários que
exercem a função de caixa passará para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas.
Entre outros benefícios, estão previstos reajuste do auxílio refeição, que sobe
para R$ 22,77 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 390,36 por mês, além
da 13ª cesta no mesmo valor e auxílio-creche mensal de R$
Retirada de benefícios
A Febraban lembra que os aposentados, que começaram a receber nesta terça-feira (24) os benefícios de setembro, podem retirá-los na rede de caixas eletrônicos ou em outras agências do mesmo banco.
A Febraban lembra que os aposentados, que começaram a receber nesta terça-feira (24) os benefícios de setembro, podem retirá-los na rede de caixas eletrônicos ou em outras agências do mesmo banco.
Para sacar no caixa eletrônico é preciso inserir na
máquina e digitar a senha, pressionar a opção “saque” e escolher o valor que
deseja sacar. A entidade recomenda que aposentados com dificuldade de usar o
terminal eletrônico sejam acompanhados por pessoas conhecidas ou parentes. Os
pedidos de ajuda só devem ser feitos a funcionários identificados do banco,
nunca a pessoas estranhas.
Os caixas têm limite de saque diurno variável conforme instituição financeira e saques noturnos limitados a R$ 300,00.
Os caixas têm limite de saque diurno variável conforme instituição financeira e saques noturnos limitados a R$ 300,00.
Orientações
O Procon-SP avisa que a greve não desobriga o consumidor de pagar as contas em dia, mas diz que a empresa credora tem a obrigação de oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.
O Procon-SP avisa que a greve não desobriga o consumidor de pagar as contas em dia, mas diz que a empresa credora tem a obrigação de oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.
A orientação é entrar em contato com a empresa para
saber quais são as formas e locais de pagamento como internet, sede da empresa,
casas lotéricas e código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos. O
pedido deve ser documentado (via e-mail ou número de protocolo de atendimento,
por exemplo) para permtir a reclamação aos órgãos de defesa do consumidor, caso
não seja atendido.
O consumidor não deve adquirir, sem conhecer em
detalhes, pacote de serviços oferecidos por bancos, voltados a facilitar a
quitação dos débitos durante a greve.
Para o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur
Góes, a greve é um risco previsto nas atividades de uma instituição financeira,
portanto, ela é responsável por possíveis prejuízos causados ao consumidor com
a paralisação.
Fonte:G1