Falta de qualificação deixa mais de 10 mil vagas abertas no interior da Bahia



A Bahia cresceu nos últimos anos em um ritmo acima do país. Novas frentes de trabalho foram criadas para atender à demanda de uma economia aquecida, mas a qualificação de mão de obra não acompanhou a mesma velocidade, especialmente no interior do estado. Para especialistas, o problema tem início no processo de aprendizagem: a educação básica. Sem a base, futuros profissionais encontram dificuldades para finalizar até cursos técnicos e profissionalizantes. 


Especialistas apontam a educação como prioridade para o desenvolvimento de uma região. “A interiorização do comércio varejista hoje está num ritmo muito acelerado. Mas o que existe hoje é o profissional sem muita experiência e sem muita qualificação. Isso vem refletir, justamente, o fraco desempenho educacional que se tem no interior”, considera o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Bahia (FCDL), Antoine Tawil. Segundo ele, caso a demanda por profissionais com melhor educação fosse suprida, cerca de 10 mil vagas poderiam ser preenchidas imediatamente no interior da Bahia.

Além do comércio, não faltam oportunidades em outros setores da economia baiana, como a indústria e o agronegócio. Mas o apagão da mão de obra também tem deixado vagas ociosas nesses segmentos. Até o momento, em 2013, pelo menos 430 vagas ficaram sem preenchimento nas principais cidades médias do estado.

Tawil revela que a deficiência no ensino básico tem refletido no atendimento ao consumidor pelo interior do estado. Há profissionais que não conseguem realizar tarefas básicas, como ler recados, escrever textos ou realizar operações matemáticas simples. Essa carência é vista como um grande empecilho para a interiorização do desenvolvimento no estado, caminho considerado prioritário, tanto por governantes como pela iniciativa privada. 

(Correio)
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